Um olho eu olho uma condição um condicionamento uma racionalização a verbalização da constatação da perda da percepção A correria do século, Pare! P.S.: Resolvi dar uma de concretista. A imagem faz paz parte do poema.
As pessoas vêm e vão com suas vidas Só veêm o cinza, o concreto, o cimento na correria da existência, no barulho da pólis. Ouço um bater de asas, como posso? Com todas as buzinas e roncos de motor ainda há algo belo. Planas no imenso cinza do céu Embelezando-o. Tu és o meu flamingo, o que destoa da falta de colorir. Como a gaivota, voas pelo céu. Não és belo, não és correio. Bates tuas asas pela imensidão... Refletes tua imagem no mar de asfalto.