Poetisa sou?
Eu amo, pertenço e sou os meus mortos
Ser morto é reviver o que parece enterrado
Mas só parece, não está.
Tudo revoluciona, tudo se transforma
Recorro à lei de Lavoisier
Volto ao pó que foram, que fui
Releio textos dos meus mortos vivos pela arte
Refaço meus contextos, conceitos
Reescrevo minha vida
Torno-me outra
Encontro meus defuntos poetas em palavras que os vivificam sempre mais
A poesia não morre
Eles se foram, eu irei, mas Ela, sim, ficará
Poetisa não sou
Sou poesia em movimento, amando, respirando, falando, escrevendo, vivendo.
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