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Mostrando postagens de agosto, 2013

Chegou a Indesejada das gentes

A noite caiu mal. Após a noite veio o dia do sepultamento (28.08.13). Sofri com a mãe e a esposa dele. Ouvi gritos de dor. A dor de dentro dói setenta vezes sete. Entrei na capela F (de furos). 14 buracos em seu corpo, era isso que ele trazia. Não mais é possível andar por aí, chegar em casa de bicicleta. O mundo está assustador. Nunca dê as costas a ninguém. Um rapaz que nada tinha a ver com a causa de sua morte. Casado a pouco mais de um ano e quatro meses. A mãe que perdera seu marido pouco antes do casamento do filho, agora perdeu seu único filho, morto sem razão, confundido. Por que o homem cria coisas que destruam ao seu semelhante? Espécie estúpida, egoísta, cruel. A visita àquele lugar, com corpos e almas vagantes, fez mal. Ele que parecia uma criança, fazia rir, era alegre, amigo, agora está silenciado e guardado numa gaveta. E a revolta é com o lucro que se obtém da desgraça alheia. Assim como o corpo, sei que esse assassinato será engavetado, porque quando a desgraça ac...

Cheiro dO mundo

Guardou a Ars, a epopeia portuguesa e o mundo na sacola, com dor. Quando viu, o mundo estava perfumado dele. Pôs-se a cheirá-lo fortemente para dentro de si. Aquela seria a última vez que, mesmo com dor, faria aquilo. E neste mundo sem olhos, já não se viram mais. Nem o mundo, nem ela.