O que posso dizer daquela mulher? Ah, se você a visse, não acreditaria. Todo aquele corpo de mulher vivendo em cima de saltos finos, toda aquela maturidade, aquela inteligência... Você não suspeitaria de suas manias infantis ou de que ela guardava, por exemplo, medalhas que ganhara na 2ª série por boas notas, algumas se perderam, mas ainda tinha a sua primeira, de bronze, e uma de prata que representava todas as outras três. Ela, quando morava junto com seus pais, mesmo em dias de Ensino Médio, não permitiu que seu pai jogasse todas as suas bonecas fora. Quem diria que ela ainda gostava de brincar de boneca? Um vulcão daquele, quase entrando em erupção de tanta sexualidade, que devorava o marido na cama, que tinha sua própria casa, afazeres no trabalho e em casa; quando o marido não estava, se lhe sobrasse um tempinho, lia as agendinhas de sua adolescencia de amores não correspondidos, de choramingos e palavras escritas propositalmente erradas. E como ria! Gargalhava sozinha ao l...