
Medo. Parece ser a palavra que norteia minha vida. Por isso, amo a música.
Enquanto este nosso relacionamento me abala, enlouquece-me com tantas besteiras que fazemos, a música me liberta, acalma. Nela crio asas, voo para longe. Fujo para aquele jardim criado há anos. Um refúgio para respirar o cheiro da Mãe e só sentir, além da pele, o coração.
Hoje eu canto aquela canção de anos atrás. Aquela que ainda faz sentido, pois muita coisa continua a ser o que era. Atitudes que com os anos ficaram cristalizadas, fossilizadas, precisam ser destruídas, refeitas, moldadas no vaso de barro da vida.
Só assim, talvez, eu possa realmente viver feliz, sem tantas malditas convenções.
Comentários