O que está acontecendo conosco? Está tão complicado esse nosso relacionamento. Mãe, a senhora tem se sentido incapaz, sozinha? Converse comigo, mãe. Precisa de mim? Fale! Não grite! Ninguém escuta nada gritando. Preciso que me ouça também. Não quero mais brigar. Não quero. Quero que sejamos amigas, mãe. Mas precisamos mudar algumas coisas. A senhora aceitaria se eu pedisse algumas mudanças de comportamento ou continuaria do mesmo jeito? Ignoraria? Pense.Mães, mães, melhor tê-las mesmo sabendo que aí vem confusão.
Depois de conversar com a Aninha Peixoto, percebo algo com muito mais clareza, preciso aprender urgentemente a pensar antes de agir ou falar. Pensar em relação a todos: " Se eu disser/ fizer/ não fizer isso, que reações por parte dos receptores posso ter?" e escolher a que não resultar em conflitos. Não aguento mais brigar com a dona Mara aqui em casa. Tenho que pesar minhas palavras para não magoá-la, ela parece estar mais irritada do que sempre foi, mais sensível. Preciso pisar em ovos sem quebrá-los. Suavizar minhas palavras, apesar de sempre tentar fazê-la me ouvir, ela só me ouve quando falo besteira. Difícil ser filha. Muito mais ser mãe. Eu sei. Eu te amo, mãe.
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