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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Ano Novo, promessas novas. Música da hora #11 (Tempo - Sandy Leah)

Depois de um ano de alegria, tristeza, união, brigas, afastamentos, e aproximações, e reaproximações. De conhecer mais as pessoas com as quais convivemos, de novas amizades, de boas e velhas amizades. De encontrar e reencontrar, de sorrir, gritar, pular, correr, cair, levantar. De se estressar e quase pirar. De esperar. De dúvidas e decisões. De acertos e desacertos. De aprender novos valores e respeitar os antigos. De amar ao próximo, de simplificar, de decepcionar e ser decepcionado. De fazer chorar, de chorar junto; seguir e deixar seguir em frente. De se fortalecer e de dar forças; passar por cima de obstáculos, querer parar e quase fraquejar, de ser sustentado pelas mãos divinas. De aceitar as diferenças e amá-las. De valorizar mais a família, tanto a que já é nossa, quanto a que será. De deixar seguir. De tomar atitudes, tomar a frente da luta. De mudar, de crescer, de se diminuir para dar espaço a outros. De deixar o egoísmo de lado e se preocupar com outra coisa além do próprio...

Desmedida

Vejo-me nua. Encolhida na chuva. Sou presenteada pelos céus com minhas próprias lágrimas - amargas. Escondo-me, não quero que saibam. 15 segundos somente se passaram. E o arrependimento perdura, massacrando meu peito, forçando falta de ar, por perder a razão, por burrice, por querer. E morrer a cada dia até minha salvação, que não é você. Torço para que o vendaval me leve embora daqui. Não quero ver este teu olhar sobre mim. Hybris. Desmedida. Castigo.

Música da hora #10 (Metal contra as nuvens - Legião Urbana)

Metal contra as nuvens "(...) Não me entrego sem lutar. Tenho ainda coração. Não aprendi a me render. Que caia o inimigo então. Tudo passa, tudo passará (3x) E nossa história não estará pelo avesso, assim sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar, e até lá vamos viver. Temos muito ainda por fazer. Não olhe pra trás. Apenas começamos. O mundo começa agora, ahh! Apenas começamos." (ideas perdidas, mente confusa. Bloqueio.)

Musica da hora #9 (The Garden - Rush)

The Garden - Rush LONG AGO I READ A STORY FROM ANOTHER TIMELINE about a character named Candide. He also survived a harrowing series of misadventures and tragedies, then settled on a farm near Constantinople. Listening to a philosophical rant, Candide replied, "That is all very well, but now we must tend our garden." I have now arrived at that point in my own story. There is a metaphorical garden in the acts and attitudes of a person's life, and the treasures of that garden are love and respect. I have come to realize that the gathering of love and respect - from others and for myself - has been the real quest of my life. "Now we must tend our garden." In this one of many possible worlds, all for the best, or some bizarre test? It is what it is - and whatever Time is still the infinite jest The arrow files when you dream, the hours tick away - the cells tick away The Watchmaker keeps to his schemes The hours tick away - they t...

AO DE TRÁS, O RUM

  Eu quero abreviar esses dias tão abreviados. Abreviar minhas trocas de personalidade e ficar só com tro. nos dias de desgosto. Eu quero rir das piadas, e talvez eu possa abreviar em sequência uma série de palavras ao atravessar a rua, como um bêbado fazendo firula, segurando um copo, não entornando nenhuma gota do meu rum. Essa. rua como bêbado ando. um copo torna. uma. gota do meu rum.    Já que corremos tanto que esquecemos a existência do outro, atropelamo-lo para passar. Passear, caminhar: verbos que deixam de existir para dar lugar a correr, acelerar. Mas não sei com quem disputamos. Provavelmente, conosco. Corremos tanto que o bêbado, o velho, a criança, a grávida, o cego, o surdo, o manco, todos são deixados para trás.    Todos perdem seu lugar na corrida para ficar ao largo da via esperando que alguma pessoa bondosa que não se preocupe com o tempo o tempo todo lhe faça a gentileza de atravessá-lo ao out...

POEMA EM RESPOSTA à Castro Alves

Boa noite, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. . Não me apertes assim contra teu seio. Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite. Mas não digas assim por entre beijos...  Mas não mo digas descobrindo o peito, - Mar de amor onde vagam meus desejos! (Castro Alves) Aguardo-te na minha inexperiê ncia feminina O passar de cada eternidade E quando deitas em meu seio e adormeces (no enlevo do meu seio) Peço que permaneças assim pra sempre. Uma nova vida nascerá, a nova aurora,  -Deleita-te no meu puro sexo!-, Imatura e precoce. Determinemos os sons da noite. O delírio já se faz natural  e presente todo sadismo Que acorda o sono e cala o falante silêncio. Solando o urro da paixão Que a enchente do prazer torna lânguido. Entrega-te também ao delicioso momento de agora Desfaça-te de todo o teu pudor E descobre o doce sabor do meu delicioso amor Despe-te e vem! (St...

BOA NOITE - Castro Alves

Veux-tu donc partir? Le jour est encore éloigné: C'était le rossignol et non pas l'alouette, Dont le chant a frappé ton oreílle inquiète; Il chante Ia nuit sur les branches de ce granadier Crois-moi, cher ami, c'était le rossignol.  Shakespeare Boa noite, Maria! Eu vou, me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. . Não me apertes assim contra teu seio. Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, - Mar de amor onde vagam meus desejos! Julieta do céu! Ouve... a calhandra já rumoreja o canto da matina. Tu dizes que eu menti? ... pois foi mentira... Quem cantou foi teu hálito, divina! Se a estrela-d'alva os derradeiros raios Derrama nos jardins do Capuleto, Eu direi, me esquecendo d'alvorada: "É noite ainda em teu cabelo preto..." É noite ainda! Brilha na cambraia - Desmanchado o roupão, a espádua nua O globo de te...

SAUDADES - Álvares de Azevedo

Foi por ti que num sonho de ventura A flor da mocidade consumi... E às primaveras disse adeus tão cedo E na idade do amor envelheci! Vinte anos! derramei-os gota a gota Num abismo de dor e esquecimento... De fogosas visões nutri meu peito... Vinte anos!... sem viver um só momento! Contudo, no passado uma esperança Tanto amor e ventura prometia... E uma virgem tão doce, tão divina, Nos sonhos junto a mim adormecia! Quando eu lia com ela... e no romance Suspirava melhor ardente nota... E Jocelyn sonhava com Laurence Ou Werther se morria por Carlota... Eu sentia a tremer e a transluzir-lhe Nos olhos negros a alma inocentinha... E uma furtiva lágrima rolando Da face dela umedecer a minha! E quantas vezes o luar tardio Não viu nossos amores inocentes? Não embalou-se da morena virgem No suspirar, nos cânticos ardentes? E quantas vezes não dormi sonhando Eterno amor, eternas as venturas... E que o céu ia abrir-se... e entre os anjos Eu ia despertar em noites puras...

VIA LÁCTEA XVII - Olavo Bilac

Por estas noites frias e brumosas  É que melhor se pode amar, querida! Nem uma estrela pálida, perdida  Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas... Mas um perfume cálido de rosas Corre a face da terra adormecida... E a névoa cresce, e, em grupos repartida, Enche os ares de sombras vaporosas: Sombras errantes, corpos nus, ardentes Carnes lascivas... um rumor vibrante De atritos longos e de beijos quentes... E os céus se estendem, palpitando, cheios Da tépida brancura fulgurante De um turbilhão de braços e de seios. (Olavo Bilac)

PENSAMENTO DE AMOR

Quero viver de esperança Quero tremer e sentir! Na tua trança cheirosa Quero sonhar e dormir. A. DE AZEVEDO Ó pálida madona de meus sonhos, Doce filha dos cerros de Engadi!... Vem inspirar os cantos do poeta, Rosa branca da lira de Davi! Todo o amor que em meu peito repousava, Como o orvalho das noites ao relento, A teu seio elevou-se, como as névoas, Que se perdem no azul do firmamento. Aqui...  Além...  Mais longe, em toda a parte, Meu pensamento segue o passo teu. Tu és a minha luz, — sou tua sombra, Eu sou teu lago, — se tu és meu céu. Lá, no teatro, ao som das harmonias, Vendo-te a fronte altiva e peregrina... Eu apertava o seio murmurando — "Oh! mata-me de amor, mulher divina!" À tarde, quando chegas à janela, A trança solta, onde suspira o vento, Minha alma te contempla de joelhos... A teus pés vai gemer meu pensamento. Inda ontem, à noite, no piano Os dedos teus corriam no teclado; Que, às carícias destas mãos formosas, Gemia e ...