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AO DE TRÁS, O RUM


  Eu quero abreviar esses dias tão abreviados. Abreviar minhas trocas de personalidade e ficar só com tro. nos dias de desgosto. Eu quero rir das piadas, e talvez eu possa abreviar em sequência uma série de palavras ao atravessar a rua, como um bêbado fazendo firula, segurando um copo, não entornando nenhuma gota do meu rum. Essa. rua como bêbado ando. um copo torna. uma. gota do meu rum. 
  Já que corremos tanto que esquecemos a existência do outro, atropelamo-lo para passar. Passear, caminhar: verbos que deixam de existir para dar lugar a correr, acelerar. Mas não sei com quem disputamos. Provavelmente, conosco.
Corremos tanto que o bêbado, o velho, a criança, a grávida, o cego, o surdo, o manco, todos são deixados para trás. 
  Todos perdem seu lugar na corrida para ficar ao largo da via esperando que alguma pessoa bondosa que não se preocupe com o tempo o tempo todo lhe faça a gentileza de atravessá-lo ao outro lado, onde só Deus sabe o que lhe espera.
E àquele deixado para trás, o rum. 

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