Eu estava lendo sobre o caso da Luiza do Canadá e sobre riso, stand up na Revista O Globo. Escrevi um pequeno texto (que pareceu muito maior no papel do que aqui) sobre isso. Ele se encontra logo abaixo de um trecho do que este jornalista do SBT falou.
“Ou os problemas brasileiros estão todos resolvidos ou nós nos tornamos perfeitos idiotas. Porque não é possível que assuntos tão fúteis possam chamar a atenção do país inteiro. Luiza já voltou para o Canadá e nós já fomos mais inteligentes” disse Carlos Nascimento.
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Espelho, espelho meu. Estigmatizado seja o vosso nome. Assim no Rio como em todo o Brasil.
Somos muito acostumados a nos refugiar atrás de uma parede para não vermos nosso reflexo logo em frente. Ao assistirmos um espetáculo de stand up rimos de nós mesmo que participamos ativamente na estúpida comédia da vida diária brasileira, do casamento arruinado, da política decadente, do nosso eu-aceito para tudo. Quando iremos questionar?
O reflexo nosso de cada dia não nos mostrai hoje.
Não é possível que iremos fugir de tudo sempre. O riso nos entrega, desarma-nos, revela-nos quem somos. Nós rimos porque é realmente muito engraçada a nossa sensação de aperto no peito por descobrir ali, em meio à piada, a verdade mais sincera sobre o futuro do Brasil que anda perdendo sua identidade a cada dia que passa. A Luiza foi para o Canadá, já voltou e nós continuamos aqui no BBBrasil que não cresce nunca e nunca crescerá se continuarmos nos escondendo da realidade, e rindo, e continuando a não fazer nada a respeito.
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