Ontem à noite, pensando sobre meus cabelos - que eu vivia tentando domar no Beleza Natural, deixando a raiz mais lisa (era o que acontecia) e o resto cacheado, e eu ainda, não contente, fiz a porcaria de uma progressiva pra tentar fazer deles o que não são -, cheguei à seguinte conclusão (huuuuum rimou rs): Não há BELEZA mais NATURAL do que ser eu mesma e assumir de uma vez por todas que nasci com a alma totalmente cacheada.
E devo grande parte disso a você, Valéria Lourenço, e à sua coragem de assumir seu black que se tornou tão importante. Parece bobeira, mas não é mesmo, é sobre quem somos, sobre nossa identidade e nossas atitudes. Sei que você também passou por um processo de transformação de mentalidade e de estilo, sim, depois de seu ingresso no PET. Você também tentava de tudo para domar madeixas que não queriam ser domadas, queriam se libertar. Agora entendo. Isso é maior do que pensamos. Nós, brasileiros, somos tão mesclados, por isso, não consigo entender o motivo do racismo. Veja minha pele, é clara não é? Mas o que me torna diferente? Somos pessoas com personalidades diferentes, histórias diferentes, mas todos voltaremos ao pó que fomos. Então por que tanta maldade? Somos feitos de carne, e ossos, e nossas raízes. Negras, por sinal. Espero que meus cabelos agora comecem a falar mais por mim. Assumir uma raiz negra que eu sempre quis, de certa forma, esconder sem perceber ao tentar mudar o que sou. Sua atitude faz parte dessa mudança. Os dias passam e cada vez que chego mais perto de um cabelo natural, só meu, que faz "toin -toin" me sinto mais realizada. Nunca me imaginei dizendo isso. Quero ser eu e isso é admitir: minha mãe tem cabelo liso e meu pai usava black quando mais novo (o destino o sacaneou, pois agora ele usa estilo bem diferente, com entrada e saída, bem ao estilo careca - risos -), mas devo parar de reclamar das madeixas dadas a mim por Deus, pois as minhas nunca serão lisas. Para que viver num mundo sendo igual a todos, se posso ser a única eu? Obrigada, Valéria. Você não sabe o PODER do seu cabelo.Cacheou-me de verdade. Obrigada mesmo.
E agora uma musiquinha :
E devo grande parte disso a você, Valéria Lourenço, e à sua coragem de assumir seu black que se tornou tão importante. Parece bobeira, mas não é mesmo, é sobre quem somos, sobre nossa identidade e nossas atitudes. Sei que você também passou por um processo de transformação de mentalidade e de estilo, sim, depois de seu ingresso no PET. Você também tentava de tudo para domar madeixas que não queriam ser domadas, queriam se libertar. Agora entendo. Isso é maior do que pensamos. Nós, brasileiros, somos tão mesclados, por isso, não consigo entender o motivo do racismo. Veja minha pele, é clara não é? Mas o que me torna diferente? Somos pessoas com personalidades diferentes, histórias diferentes, mas todos voltaremos ao pó que fomos. Então por que tanta maldade? Somos feitos de carne, e ossos, e nossas raízes. Negras, por sinal. Espero que meus cabelos agora comecem a falar mais por mim. Assumir uma raiz negra que eu sempre quis, de certa forma, esconder sem perceber ao tentar mudar o que sou. Sua atitude faz parte dessa mudança. Os dias passam e cada vez que chego mais perto de um cabelo natural, só meu, que faz "toin -toin" me sinto mais realizada. Nunca me imaginei dizendo isso. Quero ser eu e isso é admitir: minha mãe tem cabelo liso e meu pai usava black quando mais novo (o destino o sacaneou, pois agora ele usa estilo bem diferente, com entrada e saída, bem ao estilo careca - risos -), mas devo parar de reclamar das madeixas dadas a mim por Deus, pois as minhas nunca serão lisas. Para que viver num mundo sendo igual a todos, se posso ser a única eu? Obrigada, Valéria. Você não sabe o PODER do seu cabelo.Cacheou-me de verdade. Obrigada mesmo.
E agora uma musiquinha :
Comentários
Prof. Fernando, o mundo seria tão melhor se não existisse o preconceito... Utopia essa que, infelizmente, não será alcançada. Ingenuidade. Então que vá tudo pra esse lugar aí mesmo! xD