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Máscara

Bem. Advérbio de modo. No meu caso, negativo. Uma farsa.
Tenho uma tristeza martelando no peito, martelando nas costas;
uma ferida que se abre e arde exposta ao sol, à clara luz das ideias e da verdade (relativa).
E mesmo assim me brota um sorriso dos lábios. Outro disfarce.
Não sei o que dói mais.
Mesmo assim há um canto entoado de algum espaço, de um outro canto (esquerdo, direito, quem sabe? Eu não sei...). Não sei como a voz sai de forma tão angelical se por dentro arranha, sangra-me.
De onde sai tamanha força para tamanha voz, tão alta?
Talvez do meu âmago afagado em sordidez.
Só um grito desesperado
Que ninguém ouve.


Comentários

Roberto disse…
Lembrou-me:

BAÚ DE MÁSCARAS

"Num armário, sujo, antigo
Eu guardo um baú de disfarces
E uma máscara de sorridos
Que já fere a minha face.

Fere o sonho, fere a crença.
Fere o riso que se cala
E a esperança
de que o espelho me convença,
Se eu usá-la.

Mas meu olhar descoberto
Por duas únicas frestas,
Ainda procura disperso,
Contemplando o que lhe resta.

Derrama uma lágrima azul,
Que racha o espelho em desgosto...

Em que lugar do baú,
Eu deixei meu próprio rosto?"

(Bia Drummond)

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