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A palavra


Deus nos fez à sua imagem e semelhança, mas isso provavelmente não significa sermos parecidos fisicamente com Ele, pois imagine se nós, meros mortais, poderíamos nos assemelhar a Deus? Como nós poderíamos abranger tamanha imensidão se Ele está em tudo.? A nós cabe, portanto, pensar a que Deus se referia.
Em João 1:1, encontramos "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." trecho este que se refere a Jesus, filho de Deus, o Verbo que se fez carne.
Não é à toa que Eno Teodoro Wanke escreveu: “No princípio era o verbo. Depois veio o sujeito e os outros predicados: os objetos, os adjuntos, os complementos, os agentes, essas coisas. E Deus ficou contente. Era a primeira oração.” Note que através desta brincadeira de sentidos, este autor nos explica a posição superior do verbo. Ele é o centro da oração. Sem o Verbo, não existem nem sequer sujeitos, mas somente substantivos desconexos. Deus, Jesus e Espírito Santo são o centro de tudo.
Além disso, Deus com uma única ordem e duas palavras pôde criar o elemento propiciador da vida neste mundo: "E disse Deus: Haja luz. E houve luz". Antes da luz, tudo era trevas. E só nas trevas não poderíamos viver. Com suas palavras, todas as coisas se curvam perante Ele. Tudo lhe obedece. E olhe então para nós, nós temos o poder da palavra. Nós pensamos com palavras. Se buscamos uma nova fórmula, nós a fazemos através das letras e números e tudo isso faz parte do mesmo raciocínio de linguagem a que pertencem as palavras. Tudo tem o seu poder de comunicar. Tudo fala, sejam os números, sejam as letras, sejam as palavras. A palavra que é capaz de criar, de dar vida, também é capaz de destruir (talvez até mais rápido do que cria), capaz de alegrar e fazer sorrir, de fazer chorar. Mas o melhor de tudo é o poder do ser humano de significar e ressignificar as palavras a cada momento e  criar sentidos. Deus nos deu, enfim, o poder da criação e de, pelas palavras, modificar, criar lugares... vidas...ideias e mundos.

Comentários

Carlos disse…
Lembrou-me de:

A grande catástrofe do Mário Quintana.


No princípio era o Verbo. O verbo Ser. Conjugava-se apenas no infinito. Ser, e nada mais. Intransitivo absoluto.
Isto foi no princípio. Depois transigiu, e muito. Em vários modos, tempos e pessoas. Ah, nem queiras saber o que são as pessoas: eu, tu, ele, nós, vós, eles... Principalmente eles!
E, ante essa dispersão lamentável, essa verdadeira explosão do SER em seres, até hoje os anjos ingenuamente se interrogam por que motivo as referidas pessoas chamam a isso de CRIAÇÃO...

Mario Quintana - Caderno H, 1973

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