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Nos cantos da sociedade

__O romance era a epopéia da vida burguesa, este surgiu como espelho no qual a sociedade burguesa enxergava o seu próprio rosto refletido.
__A época? Bem, forjou seus traços mais elementares a partir de meados do séc. XVIII, para no séc. XIX, encontrar definitivamente seu espaço na história da literatura. O romântico preferiu fugir dos problemas e refugiar-se no sonho, em contos de fadas. Onde em suas musas de pele aveludada - jovens, até mesmo adolescentes - lhes eram ignoradas as espinhas, a infantilidade das mesmas, entre outros defeitos que não eram expostos aos seus leitores. No mundo romântico, as pessoas dividem-se em: os bons que, terminam por vencer e são heróis; os maus que sempre saem perdendo. Naturalmente, a realidade não se apresenta dessa forma. Todos têm qualidade e DEFEITOS, a vida cotidiana é também feita de coisas pequenas, mesquinhas, e alguns problemas não têm solução porque não dependem de uma vontade isolada. Nossos românticos viviam em um mundo de fantasia, fechando os olhos para a realidade da época onde muitos absurdos aconteciam...
__A sociedade idealizada do romântico entrou em crise e o mundo aparece para o escritor realista de uma forma racional e materialista.
__O século XIX foi, sem dúvida, marcado por uma série de transformações que impactaram definitivamente a ordem social mundial. No Realismo, a família é um fracasso, o homem vive na aparência e na hipocrisia, sua fé se transforma em fingimento, seus padres se corrompem, o adultério se torna costumeiro. Trata-se de uma sociedade doente que escritores tentam reproduzir em suas obras. A literatura transforma-se numa espécie de documento social, de denúncia da realidade às pessoas, ao invés de tapar-lhes ainda mais os olhos. Eles não aceitavam se calar diante dos escândalos sociais presenciados e não suportavam mais aquela "falsa verdade" quando se tinha tanto a revelar.
__Surgiu assim um Rio de Janeiro diferente, a nossa cidade maravilhosa passou a conhecer de fato a verdade sobre si.

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